Ensaios

Crônicas de George

Poesia

quarta-feira, 16 de março de 2011

Momentos Anuviados


Em determinados momentos de nossa vida, ficamos sem o controle de determinadas coisas. Seja no trabalho, na faculdade, na vida em geral, e que nos levam ao descontrole físico, emocional, e o mais perigoso, pois acaba afetando os dois anteriores, o psicológico. Ele acaba tomando conta de todo o pensamento, acumulando e alimentando medos, frustações e paranoias, tendo dimensões absurdas sobre o dia-a-dia, levando aos poucos ao pânico e criando um desespero continuo e agudo. Ao ponto de acharmos que nada vai adiantar para melhorarmos, criando uma grande dor de cabeça para si mesmo, nos levando a uma paranoia incontrolável de certa forma.


Não é fácil lidar com isso, afinal, perder o controle dos próprios pensamentos é algo horrível, cruel, trazendo para nossa vida duvidas, problemas e chateações que jamais passaram pela sua cabeça, que acabam aparecendo do nada, chegando de supetão e dominando suas ideias e aspirações os envolvendo num ciclone de duvidas e anseios de tal forma, que acabamos entrando em uma situação que por mais simples e boba pareça para os outros, para você é algo insuportável e tenebroso. Dessa forma, todas as nossas aspirações e sonhos podem ser obstruídas nesse momento, dando a que  impressão que tudo ficou amargo.


O Que Fazer nessas horas amargas e anuviadas? A resposta não é simples, mas devemos tentar ao máximo evitar estes pensamentos, preencher a cabeça com ocupações corriqueiras, algumas obrigações e tentar sempre não guardar magoas e anseios para si, ter alguém em quem confiar um confidente para amenizar essas duvidas e aflições. Amigos, esses são o grande remédio, a conversa, a consideração e o afeto mutuam para com eles são fundamentais para sairmos do buraco que nos mesmos nos botamos. Querendo ou não, não podemos deixar o orgulho interferir nesse momento, e sim deixarmos que nos ajudem e pedir ajuda, pois resolver determinadas coisas sozinhos são complicadas e quase impossíveis, mas ter a noção de que temos um problema e buscar por essa ajuda, são essências para conseguirmos melhorar e contornar a situação.

terça-feira, 8 de março de 2011

The Same Old Fears

Ainda são os velhos medos que atormentam. Os mesmos anseios e aflições parecem que nada muda, apenas mascara algumas coisas, pois nada termina no todo, acaba um resquício sobrando, e não há como fugir disso, por mais que você queira e tente. As coisas acabam virando um turbilhão de emoções, levando aos poucos, uma mente já cansada beirar a insanidade covarde e perturbadora, como se nada mais tivesse sentido, um fim, lutar por algo que valha a pena, que seja real e possível. São coisas que não devíamos remoer, afinal, só piora a situação e fere mais do que uma adaga afiada, como se ela fosse rasgando nossa mente, a alma, o ego, a vida em pedaços, deixando algo estancado ao ponto de ver a sangria correr um pouco mais, como uma forma prazerosa de tortura e sadismo, , é uma sensação absurda e disforma, algo incompreensível e tolo de anseios e sonhos que vão sendo perdidos e deixados para traz, como se tudo não passasse de uma ilusão, algo para realmente nos no botar para baixo ”no nosso devido lugar”, como se tudo isso fosse para admitirmos que não somos bons, apenas alguém medíocre com utopias e ideias vazias ou estapafúrdias.   

Foram as nossas decisões que nos fizeram chegar até aqui e que contribuíram para as coisas chegarem a esse ponto, claro que foram inúmeros fatores que culminaram no que você está passando internamente e na sua forma de pensamento e de como vemos as coisas hoje, mas o principal culpado de tudo se tornar um drama de proporções mentais imensas e de sobrecarregar um fardo e uma pressão que carregamos geralmente é devido a vontade de vencer, de ser alguém bom, querer provar isso, de não ser só mais um, não apenas somar,  ser um multiplicador.

Aos poucos as coisas vão se ajeitando, melhorando, mas é um processo demorado e que leva tempo, o que as vezes incomoda, mas tudo acaba se estabilizando e fluindo de uma forma mais tranquila, só não devemos deixar que os velhos medos se apoderem de nós.

terça-feira, 1 de março de 2011

Deixar Estar

Deixar estar é o que resta, simples assim. Certas coisas não mudam ou demoram a passar, e acabamos procurando um motivo ou o porque das pessoas se manterem no ranço, orgulho ou rancor contigo. São coisas que acabam te minando muito mais do que as palavras, ou até mesmo atitude, pois a falta da mesma demonstra claramente uma indiferença mortal e cruel. É realmente angustiante ser tratado dessa forma porque afinal, tu nunca vai conseguir entender o real motivo de tudo e acaba culpando a si mesmo, sendo um incomodo diario e intermitente. E por mais que você tente, a situação não será resolvida tão de bate-pronto.


Essa incomodação sempre acaba descambando pra outros fatores que acabam te tirando o sono e a tranquilidade. Se torna aquele stress por pouca coisa, aquela desatenção na aula, uma distração tola no trabalho, ou seja, vai formando uma bola de neve de "probleminhas", algo que no fundo, você jamais se incomodaria se não fosse o fato em que a situação o tornou culpado e fez com que nos auto-execramos como o bastardo canalha por ter se exposto de tal forma, que mostrou o quanto voce é vulnerável em relação a outra pessoa.

 para tudo isso, a unica alternativa é o tempo, deixar passar e estar, fazer com que as pessoas esqueçam o quanto se magoaram mutuamente e aprendam a perdoar, ou pedir perdão. Há ocasiões que o orgulho não leva a nada e so traz mais sofrimento a ambos, perdendo uma oportunidade para rever onde houve erros e acertos, por fim a magoas que só os envolvidos sabem. O jeito é esperar e tocar as coisas, esquecer tudo o que passou e deixar que tudo se resolva por conta propria, pois existem coisas que nunca saberemos e que por mais que tentamos entende-las, a situação só piora e tornando as coisas mais turvas e inconsistente.