Por vezes disperso em escolhas
Forma encruzilhadas em nosso destino
Das possibilidades nenhuma parece ser boa
Vejo tudo agora em completo desalinho
Me escapa do vocabulário qualquer maneira
De expor eficazmente meu atordoamento
Uma cisão deste tamanho segue uma cina
Em uma bela comédia trágica grega
Me tornei o pierrô de riso triste
Sou aquilo que não queria ser
Posto perdido por erros disformes
Incompreensão daquilo que me compreendeu
Na inércia de não fazer e dizer que nutria
Agora aquele porto-seguro já não me pertence
Quiça por motivos de demonstração ausente
A velha angustia adormecida saiu da caverna
Acordada em meio a dores dilacerantes
Navegarei agora como nau a deriva
Rumo indefinido se movendo em círculos
Sem teus braços minha bussola já não tem mais norte
Procurando tolamente o mesmo afeto
Amor perdido em eterno infortúnio
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