Ensaios

Crônicas de George

Poesia

domingo, 18 de dezembro de 2011

Tormentos e Luta


E Ca estamos, na frente do computador no tupor do devaneio próprio, típico de um domingo tedioso. Vejo que as coisas estão se encaixando, mas as peças ainda estão fora de esquadro, apertadas como parafuso, e faltando as conexões necessárias para formar um belo quebra-cabeça. Ainda temo um pouco o futuro, a ansiedade e o medo do fracasso norteiam ainda alguns pensamentos, o medo de falhar, de ter todos os meus objetivos que tracei indo por água abaixo. O peso e o fardo que dou a mim mesmo é enorme, talvez porque meus sonhos sejam realmente ambiciosos, mas o medo do fracasso sempre é latente, vou remoendo o passado, temendo o futuro e não vivendo o meu presente. O passado me atormenta como um sabre cortando minha alma ao meio, me deixando desesperado com o que passou ter tido um fim que eu não queria, aos poucos tentando viver o que passou mesmo sabendo que acabou ainda me prendo a esse passado de forma involuntária, é mais forte que eu, de fato o passado me aborrece e me entristece de uma forma aterradora e agoniante.
O presente acaba passando em minha frente com isso, acabo por não aproveitar e me acalmar com os momentos atuais, deixando eles simplesmente de lado por achar que o passado sempre foi melhor, por mais dolorido que as lembranças possam ser, ele acaba se refletindo no presente de forma lúcida e impotente, como um muro que obstrui a minha visão perante os fatos atuais e relevantes.
Então o futuro se torna aterrador e nebuloso, com isso a visão pessimista acaba predominando sobre tudo, tendo em si a visão de que o fracasso será inevitável e real, algo que não tenho como fugir, se tornando aos poucos a minha sina perante o destino que me aguarda.
Tento lutar contra isso é difícil, mas ainda consigo ter esperanças de que as coisas vão confluir para algo bom, que devo lutar e não desistir das coisas em que acredito, mostrar que sou capaz de grandes feitos e boas ações, mas as vezes o fardo é pesado e se abater em determinados momentos é natural a qualquer ser humano, para evitar que as atormentações sejam mais forte que você, é necessário ter força de vontade e dedicação, confesso que desistir não é de meu feitio, afinal, a velha frase gaudéria é simplória, mas carrega um grande significado, “não ta morto quem peleia”.

Tempo


As coisas já não são tão importantes como eram a um tempo atrás, o sentimento é o mesmo, mas consigo suportar, mas aos poucos vou levando. Talvez por ser muito sonhador e saudosista, tenho uma grande tendência a melancolia, aquele fardo eterno que carrego dentro de mim, em que vejo meu futuro se tornando algo que eu não quero, tomando meu presente de assalto e me fechando em torno das mais diversas frustrações alimentadas por um eterno amarguismo imensurável, levado a ferro e fogo pela auto-estima rasteira como pasto de gado e uma confiança próxima do numero da minha nota em calculo. Infelizmente ainda não consegui me encontrar, numa plenitude de pensamento que parasse com o ad eternum da melancolia. O que me conforta é que neste mundo dos melancólicos, surgiram gênios como Einstein, Fernando Pessoa, Pablo Neruda emtre outras grandes personalidades. No Fim, a melancolia destes é originado do mesmíssimo motivo que a minha: carregarem um fardo de um sentimento muito forte e de certa forma, puro e definhador, que aos poucos te suga as energias de uma forma surreal e clara. Gostaria realmente de saber o que se passa com as outras pessoas em relação a mim e o que sente ou sentiu, a verdade é que a resposta provavelmente será a mesma retórica do “apenas bons amigos”. Em Suma, seguirei nestes passos do bucolismo melancólico enquanto não apareça novamente um novo wonderwall ao acaso, nem que seja por alguns segundos, o suficiente para escutar um sussurro claro e forte como a palavra é; “eu te amo”

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Dificuldade Do Fim

É absurdamente complicada, tortuosa e delicada a conformação de algo que acabou. Seja ele um jogo perdido, um amor, um relacionamento ou a vida de alguém querido por nós. Em certa medida acaba sendo cruel também, pois afinal, se torna algo que jamais iremos recuperar ver, sentir, apreciar, aproveitar os momentos com o objeto de todo o seu afeto. Determinados fins às vezes são tão incertos e sem motivos fortes ou explicações sensatas que acabam nos desnorteando por completo, acabam por nos colocarem em fragilidade total, em um desequilíbrio psicológico, físico ou (que ocorre na maioria das vezes) emocional. O Sentimento do término é uma daquelas sensações que acarreta uma desolação enorme, um estado de incapacidade tremenda e de culpa total pelo ocorrido.

A incapacidade vai tomando conta dos nossos pensamentos, ações e conclusões. Vamos pouco a pouco, nos tornando reféns desse sentimento, acarretando na perda de capacidade de reação frente ao fim fazendo com que não tenhamos forças no momento para reagir frente ao baque de uma grande perda. Assim, vamos perdendo a tranquilidade, nos tirando qualquer idéia do que fazer frente ao problema. Quando botamos a culpa em si mesmo, ai é que realmente chegamos no pior ponto possível. Tudo que você acabe fazendo, ela vai estar de acompanhando, iremos vasculhar o passado atrás desta culpa, dos erros, de todos os SE possíveis, tornando assim, o passado sendo mais importante que o presente e o futuro.

Por fim, mais difícil que todos estes sentimentos e sensações perpassadas com a perda, o mais difícil é aceitar ela. Como aceitar o fim de algo tão importante para nossas vidas, que acabou se perdendo, é uma tarefa das mais difíceis para o homem enquanto ser emocional (este que é irracional sim). Claro que não conseguiremos esquecer o que passamos, pois o que aconteceu é a nossa história, algo que tivemos e que teve bons e maus momentos, único e indescritível. Devemos trocar o rancor, a mágoa e a tristeza por saudade, maturidade e levarmos isso como uma lição para posteridade. Geralmente o fim é inevitável, mas para tudo tem um tempo de aprendizado, formação e conclusão. A velha frase “de tempo ao tempo" se encaixa como uma luva nessa situação.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Cada Dia

Necessito do teu cheiro, da tua voz, do teu riso, do teu olhar. Oras, mas o que eu tenho a oferecer, se não apenas meu calor, meu afeto e meu amor, o que pode eu, apenar um garoto apaixonado, diante de você e de todo o inebriante sentimento que nutro por você. Meu amor por você é como um grande monumento, foi construído aos pouco e com muito cuidado, por mensurar algo imensurável, que deve ser admirado, cuidado e reverenciado devidamente, para não ser destratado, esquecido ou podado, afinal, seria uma afronta deixar algo tão puro e majestoso ruir, quase um crime contra a humanidade.

Não posso evitar duvidar as vezes se realmente mereço o que recebo de volta te tendo do meu lado, ou até mesmo se faço por merecer. De certa forma se torna surreal as vezes o jeito como não precisamos dizer nada as vezes, só de receber teu olhar tão doce e meigo, é mais um motivo para ver que tenho algo por que viver, um motivo para sorrir, mesmo com todas as adversidades e problemas que surgem, e todos as complicações que esta pessoinha aqui tem e pode te trazer.

Surpreende-me mesmo é ver que realmente você me ama, mesmo com todos os meus torpes defeitos e desvios, como a minha grosseria ou mau-humor, pelos meus intermináveis deslizes e desculpas esfarrapadas, ou torcer para o time rival. Na verdade  o que eu quero que você saiba é que talvez você não seja desse mundo, assim como eu, dois seres que acabaram se encontrando pelo destino  mesmo, se trombarem porque estava já traçado no tempo e espaço que em algum determinado dia eu iria te achar no meio de tantos, pois afinal, somos um caso determinado pela força de um sentimento tão forte quanto o tempo irá dizer.