No decorrer do tempo, o que acaba perpassando pela minha
mente desafortunada, é variável de possibilidades, acontecimentos, perspectivas
realistas, surreais, honestas, funestas, irrisórias, algumas esperançosas,
outrora pessimista, deveras realista na maior parte do tempo, mas todas sempre,
penduradas num tênue fio de esperança que me faz crer numa evolução para um
marco positivo na minha formação como ser pensante e emocional. São mudanças
que vão dando o toldo do meu caráter, alinhando ele de acordo com meus
pensamentos, ideais, sonhos, de acordo com a realidade do mundo que estou
inserido.
Mudanças complicadas, problemáticas, que por vezes violentam
o psicológico de tal forma que os infortúnios gerados as vezes por essa vontade
de transformar a si mesmo em algo melhor, acarretam em uma série de
perturbações e questionamentos diversos, profundos que nos levam a uma certa
introspectividade latente. É uma tarefa das mais árduas possíveis impor mudar a
si mesmo, estar se policiando, assumir metas, alterar sua rotina,
comportamento, conduta, seu jeito perante a si mesmo e aos outros. Essa
construção da própria evolução pessoal apesar de ser um caminho longo, tortuoso
e espinhoso, é muito reconfortante, pois não há nada melhor para nossa própria
estima perceber que melhorou a si mesmo, acarretando numa sintonia mais eficaz
com seu interior e com o que nos cerca no cotidiano de nossa frágil existência.
Mudanças de habito é um bom começo para evoluir
paulatinamente. Levantar um dia mais cedo para ir ver o pôr do sol, ter um
tempo para pegar aquele livro que sempre quis ler ou bater uma bola no fim de
tarde com os amigos que não vemos há tempos. Pequenas correlações de atitudes
que transformam aos poucos nossos pensamentos.
Mas a mudança mais conflituosa, complicada, que demoramos a
permitirmos fazer a si mesmo, é a emocional. Evoluirmos emocionalmente é
ultrapassar o meridiano, a fronteira final de todas as relações que mantivemos,
é analisar todos os infortúnios que nos prejudicaram e formaram um muro em
nosso front emocional, que impede o avanço de conseguirmos obter a calma e
estabilidade necessária para podermos viver de uma forma mais coesa e sem
tantas atribulações e incomodações desnecessárias, que vão tomando a forma de
uma bola de neve. Rever os nossos pensamentos acerca do que é amor e amizade e
tantos outros sentimentos é doloroso na maioria das vezes, mas é um mal
necessário ao nosso bem estar mental e de nossa psique. Para termos
estabilidade não precisamos depender de outra pessoa para nos mantermos bem, um
amor deve ser algo para complementar, o pedaço do quebra cabeça que falta, e
não a forma que ele deve ter. Amor e ter alguém a seu lado é fundamental para
nos tornarmos seres evoluídos, mas não podemos fazer com que ele se torne o centro
de sua vida, impedindo seus planos para o que se quer no dia-a-dia.
“Talvez mudasse das mais diversas formas para estar a teu
lado, só que isso toma meu pensamento com o qual não sei se poderia suportar
este fardo”
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