Ainda falta algo após estes processos
intermitentes onde, nas inquietudes de um silencio ironicamente ruidoso, faz de
mente persistente a pensar, lar de um eterno divagar. No constante martelar
convicto de sua urgência em elaborar solução, a aflição perdida em meio a
memórias de outrora, tecido frágil das sensações no eu meu fora de si por
demasiados pesares de forma variavelmente desconexa com o meu principio real,
este em que posso sentir as vontades na origem das coisas.
Elaboro versões e maquinações para afoita
resposta sobre o pano de fundo da ausência permanente do algo, emoção turva que
carrego lacrado na caixa de pandora de meu tórax. O receio permeia este medo de
ao romper com cadeado da forja de pandora, os velhos monstros do terror
repovoem cérebro desatinado a voltar para remoer de chagas ferinas, lembranças
de estruturas ainda mantendo espirito ansioso em estar armado de precaução.
Passado se faz tão vivo em momentos atuais como figura diabolicamente eterna.
No cotidiano do presente, o tempo é relativo
para não o tê-lo. Sem dar trégua, os ponteiros do relógio vão cronologicamente fazendo
sua rota das horas, não importando no seu trabalho preciso e estático, o que
vai ocorrendo a sua volta, em suma nestas pouquíssimas verdades absolutas das
inverdades, o tempo não tem sentimento. Ele
vai correndo sob as ordens de desígnios do universo, onde é inexistente meio-termo
em que humanos consigam o descanso de tempo-espaço no repouso permanecendo
inertes num sossego dos braços formulando próprio destino.
Por querer demasiadamente preencher lacuna de algo em que não se tem
conhecimento da essência, sou imerso nas corredeiras do rio da insanidade.
Correnteza destes rumo aos devaneios incertos poderiam ser manchas de negros
amores, remorsos de antigos atos falhos ou até mesmo meros caprichos da minha
fogueira das vaidades. Nisso agora é a necessidade de navegar como caravela de
descobrimento, onde o velho poeta português sentenciou a imprecisão de viver, já
que todo dia a percorrer é o mistério a conhecer.
Das finalidades dos sentimentos, saudade e
melancolia parecem se encontrar sempre ao fim dos atos. Maneiras de fazer
outros termos no agir da ansiedade sobre pobres almas dos apreciadores do próprio
tempo de si mesmo, para com seu alter-ego gêmeo da própria personalidade. No
surto da loucura, ela se torna abrigo ideal para assim, protegido graças à
indiferença alheia, podemos lamentar categoricamente a selvageria de si mesmo e
o formalismo robótico dos outros.
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