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Poesia

sábado, 19 de abril de 2014

Vivencia Imprecisa

 Ainda falta algo após estes processos intermitentes onde, nas inquietudes de um silencio ironicamente ruidoso, faz de mente persistente a pensar, lar de um eterno divagar. No constante martelar convicto de sua urgência em elaborar solução, a aflição perdida em meio a memórias de outrora, tecido frágil das sensações no eu meu fora de si por demasiados pesares de forma variavelmente desconexa com o meu principio real, este em que posso sentir as vontades na origem das coisas.

 Elaboro versões e maquinações para afoita resposta sobre o pano de fundo da ausência permanente do algo, emoção turva que carrego lacrado na caixa de pandora de meu tórax. O receio permeia este medo de ao romper com cadeado da forja de pandora, os velhos monstros do terror repovoem cérebro desatinado a voltar para remoer de chagas ferinas, lembranças de estruturas ainda mantendo espirito ansioso em estar armado de precaução. Passado se faz tão vivo em momentos atuais como figura diabolicamente eterna.

 No cotidiano do presente, o tempo é relativo para não o tê-lo. Sem dar trégua, os ponteiros do relógio vão cronologicamente fazendo sua rota das horas, não importando no seu trabalho preciso e estático, o que vai ocorrendo a sua volta, em suma nestas pouquíssimas verdades absolutas das inverdades, o tempo não tem sentimento.  Ele vai correndo sob as ordens de desígnios do universo, onde é inexistente meio-termo em que humanos consigam o descanso de tempo-espaço no repouso permanecendo inertes num sossego dos braços formulando próprio destino.

  Por querer demasiadamente preencher lacuna de algo em que não se tem conhecimento da essência, sou imerso nas corredeiras do rio da insanidade. Correnteza destes rumo aos devaneios incertos poderiam ser manchas de negros amores, remorsos de antigos atos falhos ou até mesmo meros caprichos da minha fogueira das vaidades. Nisso agora é a necessidade de navegar como caravela de descobrimento, onde o velho poeta português sentenciou a imprecisão de viver, já que todo dia a percorrer é o mistério a conhecer.


 Das finalidades dos sentimentos, saudade e melancolia parecem se encontrar sempre ao fim dos atos. Maneiras de fazer outros termos no agir da ansiedade sobre pobres almas dos apreciadores do próprio tempo de si mesmo, para com seu alter-ego gêmeo da própria personalidade. No surto da loucura, ela se torna abrigo ideal para assim, protegido graças à indiferença alheia, podemos lamentar categoricamente a selvageria de si mesmo e o formalismo robótico dos outros.

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