As coisas já não são tão importantes como eram a um tempo
atrás, o sentimento é o mesmo, mas consigo suportar, mas aos poucos vou
levando. Talvez por ser muito sonhador e saudosista, tenho uma grande tendência
a melancolia, aquele fardo eterno que carrego dentro de mim, em que vejo meu
futuro se tornando algo que eu não quero, tomando meu presente de assalto e me
fechando em torno das mais diversas frustrações alimentadas por um eterno
amarguismo imensurável, levado a ferro e fogo pela auto-estima rasteira como
pasto de gado e uma confiança próxima do numero da minha nota em calculo. Infelizmente
ainda não consegui me encontrar, numa plenitude de pensamento que parasse com o
ad eternum da melancolia. O que me conforta é que neste mundo dos melancólicos,
surgiram gênios como Einstein, Fernando Pessoa, Pablo Neruda entre outras
grandes personalidades. No Fim, a melancolia destes é originado do mesmíssimo
motivo que a minha: carregarem um fardo de um sentimento muito forte e de certa
forma, puro e definhador, que aos poucos te suga as energias de uma forma
surreal e clara. Gostaria realmente de saber o que se passa com as outras
pessoas em relação a mim e o que sente ou sentiu, a verdade é que a resposta
provavelmente será a mesma retórica do “apenas bons amigos”. Em Suma, seguirei
nestes passos do bucolismo melancólico enquanto não apareça novamente um novo
wonderwall ao acaso, nem que seja por alguns segundos.
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