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Poesia

domingo, 30 de dezembro de 2012

Na Razão Alheia...



Compreender as razões alheias e os impulsos inconsequentes dos mesmos geralmente é um encargo e uma tarefa das mais árduas que podemos nos dar o trabalho ao nossa mente. Por vezes não conseguimos distinguir os nossos próprios motivos, atos, emoções a cerca de como lidamos e as medidas que tomamos frente aos nossos mais íntimos questionamentos, logo entender a conduta de as ações de outrem se torna praticamente um estudo sobre o todo deste ser, a busca por algo que nos passou despercebida enquanto estávamos ao seu lado, se perdendo na velha imensidão das conjunturas torpes dos mínimos detalhes, aqueles mesmos que acabam se somando em uma bola de neve para no fim, serem estes apontados como causadores da razão alheia. Acabamos indo em uma busca de certa forma, desenfreada e obsessiva por respostas, não importando o que isto por vezes nos pode custar, afinal, vamos revivendo todos os passos, nuances, momentos e certos efeitos que por vezes, mesmo sendo aguas passadas, podem mover o mais rochoso e pesado dos moinhos. Correndo atrás do que levou a pessoa e seus motivos para a forma como ela acabou agindo vai ser tornando aos poucos, a busca pelo conhecimento de si próprio. Vamos conhecendo as nossas falhas, temores, erros e características defeituosas que levaram de certa forma, se tornando o bode expiatório para nosso estimado antagonista. Ai que está o ponto chave de tentar compreender o outro lado: é tentar preencher nossas lacunas pessoais, de certa forma, tentar remodelar a si mesmo, dar uma nova concepção, uma evolução de e elevação de si a um patamar maior. O que acaba ocorrendo é uma grande piada divina que deus acaba nos pregando, pois na busca incessante pela compreensão dos outros é que talvez encontrassem a chave para entendermos a si mesmo. Ai que entra em cena a nossa razão que acabou ficando nas entrelinhas, no rodapé da folha, não buscou entender o semelhante, mas sim a causa que nós faz remoer e dedilhar tudo o que ocorreu em busca de uma resposta para si, um conforto ou uma peça do passado em que se apegar, para dizer que algo que restou e ficou depois do que aconteceu, foi válida.
                                                                                  “agimos como crianças para fins de adultos”

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