Compreender as razões alheias e os impulsos inconsequentes
dos mesmos geralmente é um encargo e uma tarefa das mais árduas que podemos nos
dar o trabalho ao nossa mente. Por vezes não conseguimos distinguir os nossos
próprios motivos, atos, emoções a cerca de como lidamos e as medidas que
tomamos frente aos nossos mais íntimos questionamentos, logo entender a conduta
de as ações de outrem se torna praticamente um estudo sobre o todo deste ser, a
busca por algo que nos passou despercebida enquanto estávamos ao seu lado, se
perdendo na velha imensidão das conjunturas torpes dos mínimos detalhes,
aqueles mesmos que acabam se somando em uma bola de neve para no fim, serem
estes apontados como causadores da razão alheia. Acabamos indo em uma busca de
certa forma, desenfreada e obsessiva por respostas, não importando o que isto
por vezes nos pode custar, afinal, vamos revivendo todos os passos, nuances,
momentos e certos efeitos que por vezes, mesmo sendo aguas passadas, podem
mover o mais rochoso e pesado dos moinhos. Correndo atrás do que levou a pessoa
e seus motivos para a forma como ela acabou agindo vai ser tornando aos poucos,
a busca pelo conhecimento de si próprio. Vamos conhecendo as nossas falhas,
temores, erros e características defeituosas que levaram de certa forma, se
tornando o bode expiatório para nosso estimado antagonista. Ai que está o ponto
chave de tentar compreender o outro lado: é tentar preencher nossas lacunas
pessoais, de certa forma, tentar remodelar a si mesmo, dar uma nova concepção,
uma evolução de e elevação de si a um patamar maior. O que acaba ocorrendo é
uma grande piada divina que deus acaba nos pregando, pois na busca incessante
pela compreensão dos outros é que talvez encontrassem a chave para entendermos
a si mesmo. Ai que entra em cena a nossa razão que acabou ficando nas
entrelinhas, no rodapé da folha, não buscou entender o semelhante, mas sim a
causa que nós faz remoer e dedilhar tudo o que ocorreu em busca de uma resposta
para si, um conforto ou uma peça do passado em que se apegar, para dizer que
algo que restou e ficou depois do que aconteceu, foi válida.
“agimos
como crianças para fins de adultos”
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