Nem mesmo no réveillon consigo fazer com que meus
pensamentos se arrefecem um pouco, é inevitável a expansão das ideias dentro do
meu cerebelo viscoso tal como massa de modelar. Comecei a divagar cá com meus próprios botões
sobre coisas eventuais nesta época do ano: mudanças, medos, desafios e
perspectivas diferentes.
As mudanças como de
fato são, acarretam na alteração do estado das coisas, é o ponto em que
acabamos terminando um ciclo ou em que rompemos com as casualidades da nossa
situação até então de momento. Acabamos por nos iterarmos de outros pontos de
vista, emoções, convicções e é claro, ações que vão determinar as atitudes que
por fim tomaremos frente às mudanças, sejam elas insignificantes, grandiosas,
conturbadas, pacificas, ou tudo envolto na mesma camada catalisadora do mero
acaso dos ciclos que estamos envoltos. Mudar de fato significa tentar elevar-se
a outro patamar, projetar uma evolução de si mesmo, persistir num continuo
fluxo de aprender novas concepções, absorver conhecimento, adquirir um estado
pleno de sabedoria.
O medo entra neste processo a principio como um sentimento
ou sensação que aparentemente atravanca
a mudança, nos trazendo duvidas acerca do que está por vir, nos deixando
com um certo temor frente ao que ela acarreta, mas na verdade, ele é necessário
para que a mudança se concretize. Por mais que se discuta e questione, o medo
acaba fazendo pensarmos melhor antes de agirmos, tornando-nos cuidadosos e
parcimoniosos em alguns aspectos, fazendo com que o agente da mudança não seja
tão radical ao ponto de nos prejudicar em algum ponto eventual, é o escudo
protetor por assim dizer.
Desafios vão se formando nisso tudo, pois a mudança traz
eles consigo, exigem de nós uma dedicação maior nos objetivos, mais apreço e força
de vontade em nossos objetivos, sejam eles mundanos e realistas, ou sonhos
utópicos em devaneios sinceros e apaixonados. Eles acarretam durante este período
a formação de convicções, nos dando maturidade e crescimento interno necessário
para realmente subir um degrau acima.
Com isso, vamos toldando outras perspectivas sobre o que nos
cerca, sobre si mesmo, os outros e a relação entre todos eles no mesmo ambiente
diverso e com concepções completamente distintas uma da outra. O Surgimento da
nova perspectiva é que acaba somando e sendo o melhor da mudança, é ter outra ideia
sobre tudo, compreender o que se está vivendo e ter plena consciência do que
acabou lidando e aprendendo.
“Mudei para me livrar das amarras que me prendiam a você
como grilhões que aprisionavam os infelizes no navio negreiro”
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