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Crônicas de George

Poesia

domingo, 27 de janeiro de 2013

O Vassalo



Aos poucos, vou esvaindo pensando em seu ser, me confundo aos passos amargos, de seu aparente descaso rasteiro, torno-me um forasteiro perante mim mesmo, num desconexo tilintar de reações exuberantes que tomam conta das rédeas da mais dispersa ideia, do que acontecerá sobre o acaso de nada ser totalmente certo ou completamente errado, simplesmente o  é, levo as tonalidades de suas palavras numa espécie de arca, embrulhada por ouro, envolta da  de um suave aroma doce tal qual é o de a mais pura das fragrâncias.

Neste irregular clamor em meio ao marasmo do ócio noturno e interminável, escrevo somente para extrair um pouco de você em mim, e desta forma elevo-me em um estágio de botar os fatos ordenadamente às claras, sem ter a necessidade de buscar em ventos sussurrantes a forma ou a fórmula de um trato com sua peculiar pessoa, de manias singulares e com um modo fascinante de envolver-me aos seus esmeros, vontades e desejos no que faz de mim o seu servo mais devotado e o mais fiel dos guardiões.

Desta vez o servo nada espera, irá servir sabendo que provavelmente nada ganhe por seus valiosos e sinceros trabalhos, seus votos de fidelidade para sua senhoria ultrapassam os limites, é, portanto algo como uma missão idílica, à volta a idade média, o servo que vira vassalo, tornando-se um cavaleiro da mais alta estirpe, em que pese em seu trilhar de virtude a confiança e a coragem, de proteger e servir, não obstante o que isso possa lhe custar individualmente, serei um eterno vigilante protetor.

Mesmo cambaleando, mantém a integridade nos propósitos destinados por seus caprichos, aos qual sua vontade é imperiosa e será a palavra final, e nisso se da todos os meios aos quais deva empreender para lhe trazer a glória, massagear seu ego delicadamente a cada tarefa realizada, fatos corriqueiros não serão empecilhos em nenhum aspecto do seu trabalho e dever com sua nobre entidade, é de fato um devoto de corpo e alma ao qual permaneça seguindo sem temer nada.

Contudo, o trato com o vassalo deve inspirar certos cuidados, alguém tão dedicado merece ser tratado ao menos com dignidade, mostrar a gratidão mínima por seus serviços tão estimados é o mínimo que ele espera de sua senhoria, ele quer apenas o que lhe é por direito ter em suas mãos, o pagamento justo pelo seu trabalho valoroso, é necessário ser complacente, assim como muitos tem inúmeros cavalheiros, pode-se ter outros senhores.

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