Ensaios

Crônicas de George

Poesia

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Perdi



A ausência de estar em seus braços corrompeu meu espírito, aos poucos estou
Perdendo a sanidade.

Pela falta do teu ser, vou-me esvaindo lentamente em horas de tédio insano, profano e bucólico.  Já não é novidade a idéia de reinventar minha dor em algo mais luminoso, em uma revelação com um significado antônimo ao desprazer de ter te amado tão intensamente. Indo rumo ao nada, meu amor se torna errante, um dom Quixote solitário, sem a consciência de Sancho para confortá-lo, urrando aos ventos pela amada na loucura que nublou a visão deste cálido coração.

Por hora julgo-me e mereço a alcunha árabe de “mejnun”, outrora traduzindo a palavra para termos ocidentais como o “louco do amor”, tragado pela infelicidade do momento em que ao perder seu bem amado, perdeu junto sua alma, sabe-se la onde foi parar a essência do meu ser e de tudo o que prezava e considerava justo, correto, ético e bom.

Na conjuntura desta peça que exprime um ode ao desolador fato de não ser comtemplado com os afagos de teus lábios, do tremor de seus abraços, da reconfortante suavidade de sua voz e dos teus olhares envaidecidos que lêem meu interior mental e psicológico, me prosto diante do inevitável jogo do destino, ficando a mercê de suas vontades e vaidades, me tornei um mero fantoche dos teus hábitos corriqueiros deveras mundanos e sórdidos.

Em Suma, me perdi totalmente ao te amar.

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