“Um cumprimento a todos que estão
por ler este texto. Farei aqui nada mais do que denotar minhas impressões do
conturbado pensamento pessoal sobre determinada vertente do ser. Nestas manias
declaradas aos quais possuo e se assentam como características marcantes da
minha personalidade nada comum, pois pertenço a esta raça peculiar dos
excessivos pensantes ansiosos, acostumados a infligir às dores de parto dentro
da própria existência fritando as caraminholas do cérebro a ter idéias nada
conclusivas ou benéficas.
Não são totais imbecilidades os pensamentos
que vêem a minha mente, embora confesse de maioria esmagadora a probabilidade
de se fazer bom uso destas é tarefa árdua e ingrata. É de difícil trato
desmembrar minhas idéias nada claras, não quero nem faço questão de ser direto
nas respostas, pois tenho comigo que nada é de absoluta certeza concreta, e
mudanças são constantes universais girando as ordenanças de tempo e espaço. Não
é questão de espírito, alma, corpo do homem os aborrecimentos gerados por peso
do pesar do pensar, é apenas questão do trato as atenções centrais do conteúdo que
deriva das idéias, seja quais forem.
Entra em jogo se tenho um real conteúdo para
embasar os sentidos que possa ter os ideais inseridos nas palavras e emoções
que carrego. Não sei se dom da palavra possuo ao ponto de fazer meus semelhantes
entrarem em devaneios e se absorvem na distração de um mundo diferente ao qual
lhes apresento através do meu pensamento escrito em que caros viventes leiam e
sintam-se confortados no entendimento do que lhes foi passado. Fazer jogo de
palavras é algo difícil e complicada maneira de se fazer entender e deixar
entendido tudo que se passa a cabeça, embora quando tratamos pelas palavras das
chagas dos amores e de emoções, sejam alegres, doces, destrutivas, coléricas e
de outras vertentes animalescas, a compreensão é quase visceral.
Não quero cometer a hipocrisia de não assumir
certa culpa quando não estou sendo entendido da maneira que quero pela falta de
tato ou consciência dos outros. Afinal das contas nem eu mesmo compreendo o meu
sentir, tão instável e sem forma definida me levando a crer certas vezes que idéias
geradas dentro da minha caixa craniana são alucinações de uma mente doente.
Isso reflete sobre meus amores e suas vertentes expansivas, eis agora que tento
desvendar se estes são meros sonhos desatinados afundados na saudade das
lembranças, ou realidade da memória amargada nas melancolias passadas.”
Panfleto de louco Morador de rua qualquer,
destes encontrados nas esquinas sujas de grande cidade opulenta do moderno
mundo na sociedade contemporânea ausente a dar atenção aos mesmos.
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