Vou pensando nas formas e em que meios aos quais possa usar
na luta por seus braços ardorosos, tão calorosos quanto à luz do sol de verão.
Aos poucos, vou armando-me não de espadas, lanças ou bala clavas, mas sim com
as duas mais potentes armas que ou ser humano tem sob seu controle, palavras e
gestos. São estas que usarei nesta batalha voraz e intensa sobre seu coração,
mente e corpo, não me importando o quanto ela dure, não existe outro forma pela
qual eu deva me retirar do teatro de guerra, a vitória ou a morte selarão meu
destino.
Em meio a tantas informações e trocas de sinceras revelações
acerva de aflições, confusões, tormentos e anseios, fui-me enveredando em cada
palavra deferida por seus lábios rubros adoçam meus ouvidos e acalentam minha
alma aflita, e embora eu relute racionalmente em ter ficado tão evidente minha
exposição aos seus caprichos, é um perigoso sonho em que insisto em alimentar,
num suave balançar da fragata em meio a tempestade.
Talvez a injustiça que o arquiteto do universo possa me
pregar, ao revelar-te e oferecer sua presença, e depois sadicamente postar
empecilhos no caminho que me leva até você um jogo vil e de tal infeliz
tragédia, que me custa acreditar em algo deste porte, seria uma terrível chaga
em que o criador abriria em mim, uma punição por estar apenas buscando amar-te
de tal maneira, num raro destino de fortuna e virtude.
Não existe um culpado por essa situação, nem um réu , juiz
ou vitima, apenas nos tornamos cavalheiros errantes lutando pela glória e a
honra de contemplar sua face pela eternidade, e conquistar seu corpo, sua alma
e sua mente, numa especíe de trindade divina de bem-querera forma mais sublime
ao qual posso alcançar a ponta do resquício de divindade que os deuses nos
deixaram, a infinidade de um amor voraz.
Assim acabo terminando a apresentação das armas, não importo
de sucumbir mortalmente frente a sua vontade final, as escamurças que estou
tendo comigo mesmo e meus pensamentos visam somente ao sonho de para mim
conquistar a ferro e fogo seu amor, mostra-lhe de uma forma algo que faça seus
sentimentos penderem para o lado de cá da muralha, ao qual com imensop prazer
deponho minhas armas e baixo as pontes da minha fortaleza para apenas que sua
presença se concentre dentro dela.
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