Por falta de tato,
se perdeu noções e menções aos fatos dos métodos e assuntos pendentes que
possivelmente estará como ferida exposta, ainda que seja visível somente aos
tormentos da causa perdida a mim pertencente. Nestas horas as coisas vão se
esvaindo num vácuo de vontades, sem resquícios ou fragmentos daqueles idos de
um abril abreviado, em que as lembranças de uma antiga cumplicidade havia se
tornado fato consumado. Acaba sendo rotina a busca de raciocínios, motivos,
teses ou teoria contemplando ou ao menos justificando tamanha oposição belicosa
após vivenciarem-se prófugos devaneios de um sentir de eterno momento. No
entanto, o sentir se perdeu em vãos obscenos e indecorosos de egos orgulhosos
entrando em choque, esfacelando-se em golpes viscerais de verdades doentias ou
das mentiras acobertadas no véu da indiferença.
Não parece ocorrer-me alguma maneira de aplacar os rasgos
que por vezes surgem e abrangem o total de um sentir, que em sua notoriedade
pressupunha-se estar num passado enterrado a sete palmos, mas a singela menção de algo remete a sua lembrança disforme. Pode
parecer mera inconformidade de meu baixio ego assumir tal fim sem nexo, ideias
assentadas na relação em que nos ocultamos em mascaras sob a face, escondendo o
que de forma intensamente temos a sentir, evidenciar e denotar um ao outro. Mas
como de praxe nas ações humanas, enfeitamos o simples, encurvamos a reta,
emocionamos a razão, ou sintetizando o que está no frigir dos meus pensamentos,
acabo não sendo compreendido pelo querer de tanto deixar subentendido em jogos.
Tento não viver absorto no mundo das ideias matreiras ou no
limbo da dimensão do sentir, entrevado em divagações almejando entendimento dos
fins de nossos meios. Motivando palavreados e discursando desculpas escusas, na
forma para que isso convença não outrem mas a mim mesmo, através da retórica
enganosa de ludibriar-me com as próprias emoções, tornando-me espectador e
protagonista da auto tragédia encenada numa sessão fechada para amansar-se o
ego. Inconsistente esta teimosia de espirito irrequieto, que acaba persistindo
sobre tola questão em ter uma resistente aceitação a verdade sobre você e o
entorno, pesos de um turvo amor desenganado.
A isso tudo se mistura outras atribulações marcadas por
aflições que perturbam o débil sistema, seja ele emocional, psíquico e quiçá dos
meus humores, no jeito de ser e ter. Formando esse emaranhado de sensações, a
fusão nada mais é a causa( ou causo) de toda suposta “loucura” aos quais os
semelhantes taxam em meus olhares, a bem da verdade apenas refletem os temores sintomáticos
e aterradores para a maioria dos viventes acomodados a norma do comum, sair
deste cômodo local e vir a ser o que é:
a própria vontade de ser e presenciar as facetas dos sentimentos como os
são na realidade. Ironia disto tudo é que tentando entender e justificar você a
mim mesmo, acabo por compreender a cegueira do senso comum, “sintus logos loukus”.
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