Ensaios

Crônicas de George

Poesia

sábado, 4 de janeiro de 2014

Incomodações georgianas

Tanta coisa ainda incomodava George. Não gostava nenhum pouco de relatar as vias de fato sobre quaisquer aspectos referentes a certos aspectos da zona fantasma de sua vida, especialmente ao emprego ou faculdade, estas estavam por fim o aborrecendo demais nos últimos tempos. Andava acumulando excesso de trabalhos em ambos, tentava aliviar-se destes destemperos que somente a vida adulta (ok, ignoramos o fato que George se comporta as vezes feito a versão criança do infantil Goku) nos acarreta, a tal da responsabilidade, famosa por ser um belo presente de grego que a maturidade, que dizem vir com a experiência e com o tempo, faz-nos presumivelmente sábios.

- fosse por sabedoria e maturidade, quem deveria ter levado o anel para Mordor deveria ter sido o rei dos elfos Elrond, que já era um tiozão de mais de 1000 anos que jogou a responsa na cabeça do bundão do Frodo, praticamente um hobbit criado a Ovomaltine pelo Bilbo.- sentenciava George, no auge de seu conhecimento sobre a terra média e suas peculiaridades.

Realmente, como seus amigos apontavam, George tinha uma tremenda dificuldade de honrar seus compromissos. Cumprir metas, ficar encarregado de certas tarefas ou de arcar com objetivos traçados o faziam entrar em parafuso, e então ele optava pelo método mais fácil de resolver seus problemas, fugindo e evitando certas convenções de que tratavam ser como encargos de pessoas “responsáveis”, “´sérias”, “comprometidas”, as que certamente faziam o mundo girar e andar, mas para ele este tipo de pessoa era nada mais do que:

- Seres que passaram por uma lavagem cerebral, lobotomizadas por essa sociedade vil e opressora, que nos suga a criatividade artística, nos remetendo a uma dimensão falsa de ideal de vida, não passam de seres que passaram pelo mesmo tratamento psicológico do querido Alex do laranja mecânica, triste viver de seres mais vazios que anti-matéria, tão previsíveis quanto os movimentos do Dhalsim no Street Fighter.

Sem rodeios, George acabava sempre por encontrar desculpas, esfarrapadas ou cheias de retóricas “brilhantes” com as quais conseguia argumentar sobre suas escapadas, evitando sempre firmar compromissos de estável durabilidade. Custava a amadurecer, já que convenhamos, crescer por vezes parece ser cruel demais em algumas questões - com exceção de poder entrar nos shows, ler Bukowski ou ter idade de ver algum filme do Quentin Tarantino desacompanhado nos cinemas - afirmava nosso intrépido Golden boy.

E Por ai tortamente nosso Herói perambulava, cheio de ideais estupendas em sua cabeçorra de sonhador, como um protagonista andarilho errante, achava genial as ideias do outro “gênio”.

- A Frase Do século foi proferida por aquele a quem consideravam como um idiota, salve honroso ao grande Forrest Gump, “corro por que gosto de correr” porque nunca pensaram nisso os doutores e os Ph.D. de Harvard¿ eu sei a resposta, quem nascem pra ser Stormtropper jamais será Darth Vader.


Embora tivesse alguma razão acerca de todas estas indagações, as mesmas lhe custavam certo tempo precioso, ao qual ele tinha, querendo ou não, de cumprir suas obrigações, e por mais irresponsável que fosse George, aceitou seu destino. Afinal, seu chefe murrinha lhe estava cobrando o relatório por e-mail.

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