Tanta coisa ainda incomodava George. Não gostava nenhum
pouco de relatar as vias de fato sobre quaisquer aspectos referentes a certos
aspectos da zona fantasma de sua vida, especialmente ao emprego ou faculdade,
estas estavam por fim o aborrecendo demais nos últimos tempos. Andava
acumulando excesso de trabalhos em ambos, tentava aliviar-se destes destemperos
que somente a vida adulta (ok, ignoramos o fato que George se comporta as vezes
feito a versão criança do infantil Goku) nos acarreta, a tal da
responsabilidade, famosa por ser um belo presente de grego que a maturidade,
que dizem vir com a experiência e com o tempo, faz-nos presumivelmente sábios.
- fosse por sabedoria e maturidade, quem deveria ter levado
o anel para Mordor deveria ter sido o rei dos elfos Elrond, que já era um
tiozão de mais de 1000 anos que jogou a responsa na cabeça do bundão do Frodo,
praticamente um hobbit criado a Ovomaltine pelo Bilbo.- sentenciava George, no
auge de seu conhecimento sobre a terra média e suas peculiaridades.
Realmente, como seus amigos apontavam, George tinha uma
tremenda dificuldade de honrar seus compromissos. Cumprir metas, ficar
encarregado de certas tarefas ou de arcar com objetivos traçados o faziam
entrar em parafuso, e então ele optava pelo método mais fácil de resolver seus
problemas, fugindo e evitando certas convenções de que tratavam ser como
encargos de pessoas “responsáveis”, “´sérias”, “comprometidas”, as que
certamente faziam o mundo girar e andar, mas para ele este tipo de pessoa era
nada mais do que:
- Seres que passaram por uma lavagem cerebral, lobotomizadas
por essa sociedade vil e opressora, que nos suga a criatividade artística, nos
remetendo a uma dimensão falsa de ideal de vida, não passam de seres que
passaram pelo mesmo tratamento psicológico do querido Alex do laranja mecânica,
triste viver de seres mais vazios que anti-matéria, tão previsíveis quanto os
movimentos do Dhalsim no Street Fighter.
Sem rodeios, George acabava sempre por encontrar desculpas,
esfarrapadas ou cheias de retóricas “brilhantes” com as quais conseguia
argumentar sobre suas escapadas, evitando sempre firmar compromissos de estável
durabilidade. Custava a amadurecer, já que convenhamos, crescer por vezes
parece ser cruel demais em algumas questões - com exceção de poder entrar nos
shows, ler Bukowski ou ter idade de ver algum filme do Quentin Tarantino
desacompanhado nos cinemas - afirmava nosso intrépido Golden boy.
E Por ai tortamente nosso Herói perambulava, cheio de ideais
estupendas em sua cabeçorra de sonhador, como um protagonista andarilho
errante, achava genial as ideias do outro “gênio”.
- A Frase Do século foi proferida por aquele a quem
consideravam como um idiota, salve honroso ao grande Forrest Gump, “corro por
que gosto de correr” porque nunca pensaram nisso os doutores e os Ph.D. de
Harvard¿ eu sei a resposta, quem nascem pra ser Stormtropper jamais será Darth
Vader.
Embora tivesse alguma razão acerca de todas estas
indagações, as mesmas lhe custavam certo tempo precioso, ao qual ele tinha,
querendo ou não, de cumprir suas obrigações, e por mais irresponsável que fosse
George, aceitou seu destino. Afinal, seu chefe murrinha lhe estava cobrando o relatório
por e-mail.
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