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Poesia

terça-feira, 29 de maio de 2012

Das Coisas Que São



  Bem, certos fatos não mudam realmente, aquele velho paradigma de que a história sempre se repete está virando um melancólico e exasperoso fato para mim e o que me anda cercando ultimamente. Vão se repetindo as mesmas estruturas de angustias e lamentos, a uma conjuntura equivalente, apenas mudando os agentes e o principal ser que infesta e me tortura com sua simples presença, seja espiritual, física ou de uma bolinha verde no maldito facebook.
É de se espantar como acabo engrandecendo um sentimento de tal forma, que ele acaba se tornando único, incomensurável, titânico e inabalável. O problema disso é que este sentimento por vezes é como um câncer, que acaba consumindo e esgotando o portador do mesmo de tal forma que não é de se imaginar que muitos que acabam ficando numa situação similar, acabem definhando aos poucos, perdendo um pouco de si e de certos traços na própria personalidade que somem devido ao choque e da estarrecedora complicação e perturbadora constatação de que as coisas não vão voltar ao que eram, ou algo pior, uma ilusão de que as coisas podem ser consertadas e de um final feliz (aqueles típicos de filmes mela-cueca de adolescentes).
 Estas peças vão se juntando, formando um belíssimo quebra-cabeça explosivo, em que sentimentos, emoções, irracionalidade e angustia se juntam para dar forma ao que mais tememos e evitamos a constatação de que o FIM É UMA CERTEZA, aquilo que você viveu se perdeu no passado, sem voltas ou sobrevida, se tornou apenas uma parca e sádica lembrança de algo que pode ter valido a pena no passado, mas que no presente é uma caixa de pandora de desgaste emocional, e com certeza sem futuro algum na soma dos fatores.
Infelizmente por mais que tentamos agir no caminho da racionalidade, sentimentos como o amor nunca chegaram a este mundo onde 1+1=2, é algo metafísico, tendo seu próprio mundo onde leis universais não se aplicam de nenhuma forma, não existem leis no mundo do amor, determinações, jurisdições não existem por simplesmente não poder aplicar qualquer destes conceitos a este mundo do amor.
O que se pode e deve-se fazer nestes casos é tentar buscar de alguma forma, algo que supra esta ausência de que um amor incomensurável não tem volta, é buscar outro semelhante e mais forte, e que seja correspondido na mesma intensidade, não se tem outra forma para curar um sentimento tão forte do que algo equivalente. Se existe outra formula para resolver este sofrimento, a desconheço e receio que não deva existir.

“ se soubessem da grandiosidade do meu amor por ti, ele seria suficiente para gerar a compaixão aos olhos dos propagadores de injustiça e o choro por clemência dos déspotas”