Ensaios

Crônicas de George

Poesia

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Instrumento de ser

Tormentas das coisas de si mesmo
De buscar e ficar a volta repetitiva
Nos complexos de um sofrimento
Realidade num campo instrumental
Que sou que fui que serei
Nem ao mesmo rota de colisão
Tenho algum perspectiva
Nas mudanças de tolo aspirador
Final deste tempo e espaço
Sou o que penso ser
Sou o que pensam eu ser
Sou o que não sou ou serei
Mas não sou o nada nem o tudo

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Aqui e acolá

Vamos nos esquecendo das repetições
Releituras de mesmos fatos coniventes a poucos
Dor não apenas de amores intransigentes
Outra história interrompida de vida

Estes luares ainda são atuais
Assim como o nascer do sol 
Aqui e acolá no Oriente
Crianças sonham abaixo de telhado crivado de balas

Jovens romantizam nos muros
sob túmulo dos seus velhos
carregam tênue esperança de um ideal
Viver enfim livre do medo e seus desígnios 



domingo, 13 de julho de 2014

Aflição calorosa

É duvida que atormenta a imensidão de mim
Sentir desta ocasião desconfortável algo bom
Revolta tenho com o destino pregador de peça
Fazendo jogos sádicos com meu querer

Amaldiçoo os poro de meu corpo e alma
Aflição é algo recorrente no momento desafortunado
Ciente do quanto seu ser traz o olhar de um amor tranquilo
Impiedoso tempo atual que me proíbe de ter-te

Com as mãos acorrentadas a grilhões colossais
Temo deixar-te escorregar seu ser pelos dedos
Sem ao menos conseguir a minima oportunidade
Conhecido o fogo de suas madeixas e abraços

Achado poético nos tempos do Condor e suas torturas em Buenos Aires, 1977