Ensaios

Crônicas de George

Poesia

sábado, 23 de agosto de 2014

O medo do tempo

Ficar maquinando fórmulas
Planejando o futuro
Tentando encaixar com perfeição
Aspirações de viver e de ser
Assim alicerceando um ciclo
Mas eis que ele deriva da aflição
Baseado em ansiedade e temor
O medo é a ferramenta eficaz
Que move a maquina humana
Um terror do fracasso crasso
Me prosto perante o tempo
Implacável detonador de sonhos
Mestre da condução do universo
Paixões a ter somente vivendo
Consumiram-se em chagas ao vento

domingo, 17 de agosto de 2014

Das coisas intocáveis

E viva as pequenas frações
Os fatores desapercebidos
As noções discretas
Coisas diminutas
Aquilo localizado a margem
Relações que não se nota
Outros que resistem
Pensamentos ridicularizados
Ideais descartados
Tudo sem grande publico
Brindemos as causas perdidas
Das batalhas dos vencidos
Façamos justiça aos esquecidos
Por amores fragilizados
Necessidade mundana humana

sábado, 9 de agosto de 2014

O fim da festa

Tenho sempre assuntos a tratar
Contos e anedotas faço troça
Entretanto como um pierrô e sua mascara
Meu Carnaval acaba tendo fim
Volto para meu refugio
Nele descanso figura da fantasia
Onde meu sofrimento posso esconder
A paz de não perceberem ao fundo dor
Incômodos aos semelhantes me aflige mais
A solidão não é nem foi cura
Mas minha morfina anestésica vem dela
Sem o desencontro do encontro do algo
Amores e outras pragas ficam longe