Ensaios

Crônicas de George

Poesia

domingo, 28 de setembro de 2014

Sentido sem

Que seja estas conclusões
São incongruências persistentes
Das questões sem resposta
Anedotas de um sentimento
Sentindo uma insignificância tamanha
Cruzando por vertente desconhecida
Rumo ao que parece no sofrido
Em fatos criados pelo desatino
Numa imaginação sem sentido
Gostaria do fundo da essência
Saber o que é real
mas a verdade verdadeira
O fundo do abismo é desconhecido


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Cerimônia do adeus

Muito do que conheceste
Talvez fora no inoportuno momento
De minha hora mais escura
Nestas coisas da infelicidade temporal
Atribulado e ausente de mim mesmo
Misturado com suas incertezas
Tudo conflui para afastamento e cisão
Meu desatinado querer fugiu
Temor ele gerou em seu feitio
Não me disseste ou não compreendi
Nossa cerimônia de adeus
Perdido na minha loucura
Amor parti(n)do ao vento

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Cruzadas nas encruzilhadas georgeanas

  Um bom tempo levantando sobre si e seu canto mundano nada certeiro, e assim a toada da vida de aflito George segue. Os caminhos não eram retos mas a bem da verdade retais, sendo perceptível este aspecto do viver georgeano nas quimeras e certas problemáticas no seu cotidiano nos últimos tempos nada estáveis. suaves justaposições de ideias, pensamentos num agir e da convivência relapsa de seus semelhantes, que na adoção de veredas tão diferentes e opostas, acabam por tomar no final das contas similar atitudes e ações.

- Estas coisas tomam proporções tão iguais em minha vista, que de tão berrantes deste azul e vermelho duelando aos meus olhos, ambos se fundem num cinza de mesmo tom e vertente demagógica. Opostos como trevas e luz, estes malditos perambulam por ai dependendo um do outro para ações de juvenis infantes demoníacos - Taxa desta forma o constante conflito dicotômico um impávido George. 

  Oscilante e confuso sobre como se portar perante dois lados de uma moeda extremamente similar, perpendiculares estas faces a um egoismo narcisista que busca estar com a verdade absoluta e com noções claras, de que ambas posições creem piamente carregarem o estandarte das boas causas justas, defensoras de um pretenso bem comum , servindo suas façanhas de modelo saindo pela tangente de todas as terras. A George isto era um tipico caso de imaturidade no córtex cerebral nevrálgico, ou sendo mais direto sem estas coisas da dita ciência, apelando para fala em bom português popular e corriqueiro, coisas de geração mimada infantil, criadas no adocicado canudo de achocolatado na caixinha. 

- Já não bastasse as dores de meu inacabado enxerto emocional que julgam nomear como indecisões de quem, como, porque e factual amar ao qual estou amarrado, em pesadas correntes fantasmagóricas como um crasso bunda-mole que sou, me deparo com estas incomodações externas vindas de pretensos sábios conhecedores de tal "verdade reveladora". Mais algum tempo estes viraram pastores de alguma pequena igreja de grande negócio, a cheques pré-datados e crediário facilitado.

  Então segue o aflitivo hominídeo George, entre a cruz-espada e uma adaga-pentagrama, cada qual reivindicando para si um maior numero de bovinos e outros animais quadrupedes como jegues e suas derivações equinas, usando de velhas retóricas de repetir as mesmas falácias e argumentos de extremos. No fundo, a loucura como George a pensa, torna-se caminho natural para obter convivência neste eterno cabo de guerra da intolerancia. 

sábado, 13 de setembro de 2014

Tempos de amor conhecido

Não se tornaram meras favas contadas
Acontecimentos vão se destoando
Nos fatos contra o desejar
Surpreendentemente nos tragam
Numa mistura densa e disforme
Em que jogos de querer
Ter a certeza da potente vontade
Emanando aos poucos um desatino
De falar-te para buscares em mim
Abrigo contra esta ferida exposta
Nesta causa de amor corrompido
Um conflito agora resulta
Num aprendizado de pacificação
Amor nosso é questão de o conhecermos

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Nas vias da temeridade

É recorrente nestes idos de fim de inverno
As dores antigas parecem voltar a tona
Numa esfera envolvida pela aflição confusa
Passageiro de terrores na agonia frenética
Vida permeada por vezes no tempo inglório
Obsessiva mania e cortante maledicência
Paralisia dessa geração do medo
Assim somos nesta era do formalismo
Meras peças movendo maquinário
de algo intrincado pelas violências ativas
Figuras toscas podadas temendo fracasso
Não obtendo as metas programadas
Sentimentalismo é qualquer emocional vivo
Ação de boa vontade é milagre da humanidade