Ensaios

Crônicas de George

Poesia

domingo, 24 de maio de 2015

A gargalhada do esquecido

Um dia naquela esquina desapercebida da Grande Cidade
O esquecido ficava a observar os passantes
Aqueles com passos rápidos e apertados em sapatos e saltos
Com hora marcada para algum compromisso
Atarefados por produzir dinheiro ou qualquer ganho
Mas das duas ocupações qual razão de vida esta seria?
O esquecido em seus trajes esfarrapados e e sujos pelo uso
Fica Gargalhando ao ver o semblante dos passantes
Tão apreensivos e ansiosos por cumprir com metas e objetivos
E apesar de não ser lembrado e exaltado,
ali ele fica, mesmo sem um vintém e vivendo de restos
Consegue ainda que na miséria, estar mais vivo que os passantes.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Esvaindo

Aos poucos cai por terra
Velhas ideias almejadas
Ficam ao caminho estas
Por demasia espera
Das coisas sonhadas

Caso de saberes cansados
Fardo carregado as costas
Uma maratona percorrida
Mas a musa da História
Por capricho de retórica
Faz distancia nunca ser vencida

Enfim do devido enunciado
Do mais sórdido desencanto
Minha ilusão é do todo
Descrédito em qualquer fé
Gloria eterna a esta sacanagem

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pelo desconforto

Tudo fica em suspenso
Nas cores de incerto fato
Métodos escassos a entender
Algo que nem mesmo se conhece

Compreender o que não se sabe
Justificar o desconhecido
Explicar o dito desentendido
Nada disso tem sentido

Mas sentimento é algo sem direção
Estar farto da ausência de querer
É roteiro de conto ansioso
Das manias presentes na rotina

A necessidade de algo a tirar-me
Da zona de marasmo existente
Quero ser incomodado de fato
Ser tentado a sentir novamente algo

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sintomas de querer incerto

Um pouco de retórica, mais além
Pitadas de indiferença justificada
Alguma dose de arrependimento
Maquinando tudo como recortes

Vivendo temendo o desespero
Não obtêm aquilo de seu bem querer
Mas não sabe-se bem o que quer
Tantas duvidas perpassam as ideias
Conflitos entre os meios e fins

O nada e o tudo confluem ao mesmo
Deixa-se levar pela inércia do tempo
No fim  a conclusão ainda é incerta
Não viemos do pó
e nem ao pó voltaremos