Ensaios

Crônicas de George

Poesia

sábado, 27 de outubro de 2012

História Dos Fatos



A História realmente é um fator que sempre vai nos fazer pensar, agir e refletir sobre como as coisas foram, são e serão. Mas assim como todas as ciências humanas, ela é feita de interpretações, pontos de vista, ideologias e mudanças de opiniões cada vez que nos deparamos com novos fatos reveladores, surpreendentes e que as vezes, passaram por nós despercebidamente, algo que acaba-se perdendo nas entrelinhas, mas que irá ter impacto no desenrolar dos fatos prescritos, escritos, ditos e feitos. São uma série de acontecimentos, reencontros de idéias, sentimentos, emoções e pensamentos que afloram e convergem em algo tão puro, forte, acalentador, reconfortante que chega a assustar, espantar o mais cético dos sábios como ficou isto por tanto tempo escondido e afastado um do outro. No momento em que palavras foram trocadas, fui percebendo que a própria história me deu uma segunda oportunidade de me desprender de amarras e medos que me aterrorizavam por demais, devido a traumas passados e decorrentes de experiências psíquicas, psicológicas, físicas e emocionais marcantes, os quais contribuíram para um senso critico e por vezes deveras desesperado, devido aos fatos ocorridos até aquele presente momento, salientando todo meu estado conturbado e confuso da situação, sem ter em que ou em quem um fio de esperança, uma ponta de estabilidade e conforto, mas como afirmei no inicio do texto, fatos surpreendentes da história podem acabar mudando totalmente opiniões, versões, visões e assim como um todo, a vida. Sim, o que presenciei foi com certeza um encontro com uma alma tão aflita quanto a minha, que busca paz, conforto e tranqüilidade para se levar as coisas, de ter paciência, tolerância, respeito e compreensão, ao mesmo tempo em que necessita, ela também busca passar isso, e mal sabe ela que é capaz de devolver toda uma gama de boas virtudes a uma mente tão cansada e atormentada por angustias latentes, crises  desesperadas para uma consciência de recuperação, contemplação, esperançosa, com toques de vivacidade até então ocultados por estas tormentas. È inexplicável o que foi feito por este reencontro comigo, mesmo tanto tempo separando da primeira conversa, troca de olhares um abraço com risadas e uma boina de crochê branca que você estava usando, o teu semblante acabou me marcando inconscientemente, sendo guardado e arquivado pela minha memória para o que iria acontecer no longo prazo da história que um dia acabamos escrevendo e que ainda espero, escrever com mais detalhes, enredos e atenção devida que esta história, ou melhor, a NOSSA história será descrita depois de um tempo. Nunca me senti tão em paz ultimamente comigo mesmo, e tão certo do que estou sentindo sobre alguém, um querer bem sincero, claro e transparente, impossível de se esconder e que de forma alguma devo ocultar, mas sim deixar florescer estes laços que me guiaram até meu muro das maravilhas.




“ E na troca dos olhares, senti que minha alma estava sendo vista, lida e compreendida, tendo a sua frente a correspondente perfeita e o fim das tormentas e inquietações mundanas”

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Volta Das Sombras



Nunca é fácil passar pelo turbilhão de uma fase extremamente difícil quando o nosso psicológico está fortemente abalado, turvo e instável como nitroglicerina. Acabamos ficando presos numa redoma mental que nós mesmos nos incutimos, externamente e internamente, numa profundidade abismal que acaba trazendo a tona todas as nossas fragilidades existentes e latentes. Tornamos-nos prisioneiros de nossa própria mente, carregando as correntes pesadas dos grilhões ruidosos das idéias, dos temores e de medos pessoais mais pérfidos, latentes e aterradores, acabando por viver num aparente pesadelo real, de carne e osso diante de nossos olhos vidrados e que a principio, nos deixam sem ação perante esta situação. Lidar com uma situação desse feitio é extremamente complexo e tortuoso, principalmente porque nestas horas acabamos precisando de ajuda das pessoas que nos rodeiam e que são nosso porto seguro. Temos que contar com aqueles que nos auxiliem, sejam tolerantes, entendam e respeitem o momento de fragilidade que está se passando com o individuo. Estar sem o controle das próprias ideais, aspirações e pensamento talvez seja o grande problema da humanidade em pleno século XXI, a perda do autocontrole da vida, virando refém do acaso e da irracionalidade corrosiva de certos pensamentos fantasiosos, absurdos e surreais. O dilema deste tipo de situação tem de ser encarado com extrema calma e paciência, pois leva um bom tempo para voltarmos a normalidade do cotidiano, da volta ao que mais prezamos, as pequenas coisas que vivemos no dia-a-dia que nos tornam o que somos em essência, que acabam por delinear nosso caráter e formação como ser humano pensante, atuante e em constante transformação num sentido de evolução para algo melhor. De fato com o tempo, e a presença de pessoas que realmente nos ajudam e nos tragam de volta os bons momentos de felicidade e paz. Estes tipos de pessoas acabam surgindo também de forma inesperada, nos surpreendendo de uma forma extremamente positiva e benéfica. Tiram-nos do fundo do abismo que nos encontrávamos, dão um sentido e força para que possamos superar os momentos de atribulações que estamos inseridos e neste momento precisamos deste tipo de seres com um entendimento da nossa situação e que necessitam de ajuda também, estabelecendo uma relação mutua de solidariedade, atenção, colo, completando a nossa recuperação da melhor forma possível. Num momento destes podemos até encontrar, porque não, o que tanto procurávamos o curandeiro para nossas chagas emocionais, um cicatrizante para nossas cicatrizes psicológicas, que se torne nosso aconchego e abrigo dos nossos medos e temores aflitivos. Aos poucos, quem sabe eu não tenha encontrado a minha curandeira, mas isso só o tempo pode dizer se não estou enganado sobre a cura.




“Eis que no interior do vale das sombras, vislumbro a luz de sua vela, que me conduz aos campos dos montes claros, me trazendo de volta a necessidade de viver por algo ou alguém”

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Decorrer Do Tempo


No decorrer do tempo, o que acaba perpassando pela minha mente desafortunada, é variável de possibilidades, acontecimentos, perspectivas realistas, surreais, honestas, funestas, irrisórias, algumas esperançosas, outrora pessimista, deveras realista na maior parte do tempo, mas todas sempre, penduradas num tênue fio de esperança que me faz crer numa evolução para um marco positivo na minha formação como ser pensante e emocional. São mudanças que vão dando o toldo do meu caráter, alinhando ele de acordo com meus pensamentos, ideais, sonhos, de acordo com a realidade do mundo que estou inserido.
Mudanças complicadas, problemáticas, que por vezes violentam o psicológico de tal forma que os infortúnios gerados as vezes por essa vontade de transformar a si mesmo em algo melhor, acarretam em uma série de perturbações e questionamentos diversos, profundos que nos levam a uma certa introspectividade latente. É uma tarefa das mais árduas possíveis impor mudar a si mesmo, estar se policiando, assumir metas, alterar sua rotina, comportamento, conduta, seu jeito perante a si mesmo e aos outros. Essa construção da própria evolução pessoal apesar de ser um caminho longo, tortuoso e espinhoso, é muito reconfortante, pois não há nada melhor para nossa própria estima perceber que melhorou a si mesmo, acarretando numa sintonia mais eficaz com seu interior e com o que nos cerca no cotidiano de nossa frágil existência.
Mudanças de habito é um bom começo para evoluir paulatinamente. Levantar um dia mais cedo para ir ver o pôr do sol, ter um tempo para pegar aquele livro que sempre quis ler ou bater uma bola no fim de tarde com os amigos que não vemos há tempos. Pequenas correlações de atitudes que transformam aos poucos nossos pensamentos.
Mas a mudança mais conflituosa, complicada, que demoramos a permitirmos fazer a si mesmo, é a emocional. Evoluirmos emocionalmente é ultrapassar o meridiano, a fronteira final de todas as relações que mantivemos, é analisar todos os infortúnios que nos prejudicaram e formaram um muro em nosso front emocional, que impede o avanço de conseguirmos obter a calma e estabilidade necessária para podermos viver de uma forma mais coesa e sem tantas atribulações e incomodações desnecessárias, que vão tomando a forma de uma bola de neve. Rever os nossos pensamentos acerca do que é amor e amizade e tantos outros sentimentos é doloroso na maioria das vezes, mas é um mal necessário ao nosso bem estar mental e de nossa psique. Para termos estabilidade não precisamos depender de outra pessoa para nos mantermos bem, um amor deve ser algo para complementar, o pedaço do quebra cabeça que falta, e não a forma que ele deve ter. Amor e ter alguém a seu lado é fundamental para nos tornarmos seres evoluídos, mas não podemos fazer com que ele se torne o centro de sua vida, impedindo seus planos para o que se quer no dia-a-dia.



“Talvez mudasse das mais diversas formas para estar a teu lado, só que isso toma meu pensamento com o qual não sei se poderia suportar este fardo”

domingo, 5 de agosto de 2012

Tanto Tempo



Já se passou tanto tempo, mas parece que cada vez que o relógio avança, mais forte se torna o sentimento que corre sobre mim quando percebo o mais ínfimo traço da sua vida cruzando com a minha, desde o cheiro do seu perfume ao um olhar vago de uma estranha pelas ruas da cidade que se parece com o seu. É latente o quanto ainda sinto falta da tua presença do meu lado, me despojo de todo meu orgulho para admitir isso, não era algo que planejava manter, depois de tanta água que a correnteza fez correr, passar 12 meses moendo, remoendo e fermentando um sentimento que não tem mais resposta, afinal, no fundo a sua racionalidade é perfeitamente compreensível, o que aconteceu virou poeira e foi embora na torrente de vento do esquecimento e da indiferença. A situação atual que se encontra as voltas e submersão do que sinto por ti não é algo nenhum pouco benéfico sob qualquer aspecto do meu cotidiano, ter a tona as lembranças do que passou e do quanto eu ainda preciso de você é uma sádica saudade, consumindo em varias ocasiões meus pensamentos, perdendo a oportunidade de me focar em outros assuntos ou metas que tenho tentando assumir. Nunca fui bom em lidar com términos e esse não fugiu a regra, mas esse me atinge de uma forma ferina e surpreendente, pois ele ficou oculto por um tempo que realmente achei que tinha conseguido fechar a chaga que havia sido criada, mais eis que ele ressurge do limbo onde tinha adormecido de uma forma ameaçadora, forte e de escalas desproporcionalmente difusas, virando mais um fardo para eu carregar através da minha existência como ser pensante (até demais, quem dera existir remédio para uma mente em constante conflito de idéias) drenando as energias lentamente.
Quero realmente, com o que me resta de resistência, achar algo ou uma solução final para isso, afinal, “eu te amo” vindo somente de uma parte não serve de nada, é apenas  mais um meio de se criar sentimento e expectativas falsas e ilusórias, algo semelhante ao famoso ouro de tolo, que quando descoberto te passa a sensação de conquista e glória, mas quando se percebe o verdadeiro valor, se torna uma ilusão é perda de tempo em outras empreitadas que poderíamos estar tomando para não perdermos o foco nas verdadeiras questões e objetivos que temos em mãos para atingirmos o que queremos com resoluta perseverança. O caminho não é fácil, mas rogo todos os dias que eu ache meu caminho e que consiga por de lado esse amor e consiga por em pratica o que quero daqui em diante.


“Por mais que eu tente, lute e tento podá-lo, o sentimento ainda cresce, como a maré na lua cheia ou o orvalho no raiar do dia”