Ensaios

Crônicas de George

Poesia

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Esvaindo

Aos poucos cai por terra
Velhas ideias almejadas
Ficam ao caminho estas
Por demasia espera
Das coisas sonhadas

Caso de saberes cansados
Fardo carregado as costas
Uma maratona percorrida
Mas a musa da História
Por capricho de retórica
Faz distancia nunca ser vencida

Enfim do devido enunciado
Do mais sórdido desencanto
Minha ilusão é do todo
Descrédito em qualquer fé
Gloria eterna a esta sacanagem

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pelo desconforto

Tudo fica em suspenso
Nas cores de incerto fato
Métodos escassos a entender
Algo que nem mesmo se conhece

Compreender o que não se sabe
Justificar o desconhecido
Explicar o dito desentendido
Nada disso tem sentido

Mas sentimento é algo sem direção
Estar farto da ausência de querer
É roteiro de conto ansioso
Das manias presentes na rotina

A necessidade de algo a tirar-me
Da zona de marasmo existente
Quero ser incomodado de fato
Ser tentado a sentir novamente algo

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sintomas de querer incerto

Um pouco de retórica, mais além
Pitadas de indiferença justificada
Alguma dose de arrependimento
Maquinando tudo como recortes

Vivendo temendo o desespero
Não obtêm aquilo de seu bem querer
Mas não sabe-se bem o que quer
Tantas duvidas perpassam as ideias
Conflitos entre os meios e fins

O nada e o tudo confluem ao mesmo
Deixa-se levar pela inércia do tempo
No fim  a conclusão ainda é incerta
Não viemos do pó
e nem ao pó voltaremos

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Das dores mundanas

Tão amargo e descrente
Cético com tudo que o cerca
Do seu quarto observa
Estas inglórias rotinas
Numa desgraça do cidadão
O desespero das esquinas
Entraves de uma cidade
Na agonia feita pelo estado
A frustração de uma nação
O sofrimento de um povo
Este observador também sofre
Da sua dor cronica por amar
Ser que a tempos saiu de seu radar
Além da aflição persistente
Que tudo ao seu redor
Esta além do seu agir
Tanto o mundo quanto o amor
O prendem as amarras da impossibilidade