Ensaios

Crônicas de George

Poesia

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Das dores mundanas

Tão amargo e descrente
Cético com tudo que o cerca
Do seu quarto observa
Estas inglórias rotinas
Numa desgraça do cidadão
O desespero das esquinas
Entraves de uma cidade
Na agonia feita pelo estado
A frustração de uma nação
O sofrimento de um povo
Este observador também sofre
Da sua dor cronica por amar
Ser que a tempos saiu de seu radar
Além da aflição persistente
Que tudo ao seu redor
Esta além do seu agir
Tanto o mundo quanto o amor
O prendem as amarras da impossibilidade

domingo, 14 de dezembro de 2014

Não Correspondendo

Tempo desgarrado este
Em que tudo transborda
Numa angustia por não ser
Algo que traga conforto
Como nos idos de março
Precisamente o amargor prevalece
Destas dores que não tem fim
Buscar os meios ou termos
Mas acabo me rendendo
Nas minhas fraquezas
Destas incapacidades que carrego
Serei ao que parece eternamente
Margem na grande correnteza
O descarte útil para nesse tempo
Para mim e o todo da alma
Nunca conseguir ser o correspondente

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Indicação ao nada

Não sei a quais caminhos as andanças tomam
Todos os direcionamentos têm seus poréns
Cada rota tem pontos de colisão 
Alguns permeiam as ânsias da temeridade
Outros desaguam em rios turvos do obscuro
Nestas placas que nada indicam
Perco-me em mim mesmo
Olho para seu rosto
Vislumbro uma vontade irresistível
Mas padeço das fraquezas
De agir de acordo com meu querer
Fico prostrado ocultando o sentir
O silencio dos olhos diz tudo quando me calo

domingo, 19 de outubro de 2014

Coisa nenhuma

Pensando aqui e acolá
Manias que venho a refutar
Sem nexo em seus aspectos
Idas e vindas de um nada
Coisa nenhuma que vislumbro
Metas tolas assimiladas
Nas ideias de mente deturpada
Acometido por grande desatino
Fico por agora confabulando
Que fazer nestes momentos
Em que tudo que penso
É romper esses grilhões
que me acorrentam a vontade
Ficando maravilhado assim
Venerando seu ser
Na calmaria do olhar lunar