Viver sem despertar
Sem nada a esperar
Perspectivas já não tardam
Pois finalmente retardam
sentimentos e outras amenidades
lembranças de outras barbaridades
Ah se fosse apenas a memória
Criadora de flagelos a esta hora
É apenas o dito pelo não dito
Revirar o que passou dando visto
Eis que nas rotas que vou indo
Resultados já não tem mais sentido
Antes fosse mera chateação
Ou exagero na lamentação
Agora nada traz alivio
viver se torna um suplicio
Na sincronia perfeita
No realismo da ausência
Afinal das contas cobradas
Lembranças são borradas
Alguém ira se importar
da besta humana e seu bem estar
Agora sou o ser invisível
Me tornei um ninguém irreversível
segunda-feira, 13 de junho de 2016
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Segundo Os Ditos
De outros fatos existentes
Dos termos incautos para viver
Se forma Coisas e objetivos
Pré-determinados pelo um todo
Não existe escapatória de tal monstro
Obrigações, regulamentações a se seguir
metas, objetivos planos a se conseguir
Ai de nós não seguir este enquadro
Provavelmente assim serás taxado
Naquele condenação de eterno fracassado
O ar nos é tragado de N maneiras
Ar comprimido por pressões
Seja no falsa sensação de alivio familiar
Nos ditames de uma relação de amor
Ou nas considerações de um trabalho
As coisas ficam num plano inconsistente
Onde nunca seremos o suficiente
Agora estamos na era da ansiedade perdida
Cada vez mais com ideias e ideais sendo rasgados
contexto onde direitos são tirados e reduzidos
Obrigações dobradas nos deveres
O prazer antes pecado agora é contravenção
domingo, 28 de fevereiro de 2016
3 Macacos Omissos
São tantas coisas incongruentes , que a realidade não parece ser um local favorável ou ao menos, que podemos prezar. Vive-se com excessos de pensamentos em que dormir parece ser a unica forma concreta de descanso, o pó do deus do sono nos olhos se torna o único refugio para as dores do mundo. De planos estipulados sobre uma vida profissional ao qual se teme fracassar, passando pela situação nada favorável do que nos rodeia, da sociedade prostrada e ferida economicamente, socialmente, politicamente, culturalmente ,cheia de relativismos sínicos e de nilismos que beiram ao narcisismo romanceado por muitos, engolfada pelas chamas dos dragões da ansiedade e da angustia, e como muitos, sou incapaz de reagir ou buscar algum sentido para os rumos que tomo e onde estes malditos pés que tenho irão me levar.
A incapacidade e a omissão poderiam até tornar-se meus sobrenomes e de muitos, como direito a estarem presentes no meu RG, CPF e cartão de crédito, afim de identificar alguém ou algo que vive dando com os burros n'água. De frustração em frustração alcançamos as virtudes de nada ser e nada ter, invisível aos olhos de qualquer um. Do medo do fracasso e dos incômodos de um caminho difícil, ação tomada por este ser que aqui relata isto jamais é tomada. Ficar dentro do próprio casulo divagando sobre como seria, um talvez, estipular inúmeros "e se?" conformam corpo e alma, ao fim de tudo é mais seguro devanear sobre sonhos nunca alcançados do que sair para os desconfortos do mundo real.
O belo mundo real, aquele em que você não é percebido por ninguém, ocupados demais cada um com suas atribuladas funções de rotinas, apressados nos passos na rua rumo a afazeres beneficiando na maior parte das vezes o egoismo alheio e o seu, e assim coletivamente somos uma população do paradoxo de egoísmos coletivos. Parece que ao nosso redor os outros são agora imperceptíveis em suas angustias e problemas, aquela perversa conduta de fingir a inexistência do pobre mendigo morador de rua e seu problema social se estende aos colegas, amigos e familiares,somos o exemplo clássico da fabula dos 3 macacos: não falamos, não escutamos, não enxergamos. Estender ajuda a alguém somente pelo ato da ajuda e de que aquilo fará um bem tanto a quem ajuda e ao ajudado virou uma quimera de poeira jogada ao vento. A ideia da frase "farinha pouca meu pirão primeiro" é agora o décimo primeiro mandamento da humanidade.
É tanta ausência de emoções e sentimentos no cotidiano que falta muito pouco para adentrarmos na era da sociedade dos androides. para isso talvez nos baste trocar ossos e carnes do corpo por peças de aço, parafusos e ferros, pois nossas ações já estão quase todas programadas como a de um robô ou computador. Temos atos já premeditados para qualquer situação, fazemos os mesmos gestos e trabalhos maquinalmente, não pensamos nem questionamos as ordens, por mais estapafúrdias que sejam. Vamos fazer um brinde então ao sistema desta adorável escala industrial humana, que produz imbecis em série, gerando um belo mercado onde se vende idiotas em liquidação nas lojas do comércio de egos.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Crença Nova
Talvez tudo que se forme seja aquilo que tememos
Não agimos por vontade própria nestes dias de formalismo moribundo
Somos máquinas coagidas pelo medo a vagar na rotina
Conduzidos pela inércia constante de um cotidiano subserviente
Transformados em produtos hermeticamente encaixados
Organizados em fileiras perfeitas a receber ordens
Buscas de outras coisas que não a si próprio
No eterno retorno da viragem de individuo em numeração
esquecido os passos cambaleantes em meio a multidão
Anestesiados por inúmeras químicas farmacêuticas
Para que sentir afinal de contas sensações estranhas
"Tudo fica pior ao toque de midas das emoções"
Assim Diria aquele ditador do controle remoto
Obedecer, servir e prestar contas a um ente superior
Nesta Maneira convivemos numa subordinação
Regidos aos temores do pecado descrito pelo pastor
Da cobrança pela família a se tornar alguém
Pelo temor de desemprego nas entrelinhas da fala do chefe
Ao apego do véu das aparências na ostentação de ter e não ser
A Humanidade por fim criou uma nova religião para alienar
Que vem a calhar para que gosta do sádico controle da vontade alheia
O deus a quem todos se prostram e fazem reverencias é o MEDO.
Não agimos por vontade própria nestes dias de formalismo moribundo
Somos máquinas coagidas pelo medo a vagar na rotina
Conduzidos pela inércia constante de um cotidiano subserviente
Transformados em produtos hermeticamente encaixados
Organizados em fileiras perfeitas a receber ordens
Buscas de outras coisas que não a si próprio
No eterno retorno da viragem de individuo em numeração
esquecido os passos cambaleantes em meio a multidão
Anestesiados por inúmeras químicas farmacêuticas
Para que sentir afinal de contas sensações estranhas
"Tudo fica pior ao toque de midas das emoções"
Assim Diria aquele ditador do controle remoto
Obedecer, servir e prestar contas a um ente superior
Nesta Maneira convivemos numa subordinação
Regidos aos temores do pecado descrito pelo pastor
Da cobrança pela família a se tornar alguém
Pelo temor de desemprego nas entrelinhas da fala do chefe
Ao apego do véu das aparências na ostentação de ter e não ser
A Humanidade por fim criou uma nova religião para alienar
Que vem a calhar para que gosta do sádico controle da vontade alheia
O deus a quem todos se prostram e fazem reverencias é o MEDO.
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