Talvez tudo que se forme seja aquilo que tememos
Não agimos por vontade própria nestes dias de formalismo moribundo
Somos máquinas coagidas pelo medo a vagar na rotina
Conduzidos pela inércia constante de um cotidiano subserviente
Transformados em produtos hermeticamente encaixados
Organizados em fileiras perfeitas a receber ordens
Buscas de outras coisas que não a si próprio
No eterno retorno da viragem de individuo em numeração
esquecido os passos cambaleantes em meio a multidão
Anestesiados por inúmeras químicas farmacêuticas
Para que sentir afinal de contas sensações estranhas
"Tudo fica pior ao toque de midas das emoções"
Assim Diria aquele ditador do controle remoto
Obedecer, servir e prestar contas a um ente superior
Nesta Maneira convivemos numa subordinação
Regidos aos temores do pecado descrito pelo pastor
Da cobrança pela família a se tornar alguém
Pelo temor de desemprego nas entrelinhas da fala do chefe
Ao apego do véu das aparências na ostentação de ter e não ser
A Humanidade por fim criou uma nova religião para alienar
Que vem a calhar para que gosta do sádico controle da vontade alheia
O deus a quem todos se prostram e fazem reverencias é o MEDO.
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