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Crônicas de George

Poesia

domingo, 23 de dezembro de 2012

Emaranhado



Nas entranhas emaranhadas, ainda consigo sentir novamente certos embrulhos, que como aquela velha gangorra do parquinho da praça, entra num movimento constante de vai-e-vem, notório pela sincronia singular. Onde reencontrei essa sensação foi de fato em teu olhar, baixo, discreto, tímido, mas delicado e cheio de vida, uma espécie de atração nele que nos fixa a atenção sobre ele, semelhante ao que acontecesse a um explorador quando encontra safiras tão brilhantes quanto o sol a pino.
Estas situações geram sempre porquês inquietantes, embora tenha aprendido a lidar com isto de forma tortuosa e após um longo tempo, gerando uma gama de respostas variadas, explicações das mais diversas, que convergem no entanto, para o mesmo fim: cada momento é único, e esses momentos acabam por trazer sempre seres diferentes um do outro, mas adequados intensamente para o tempo pré-determinado por acasos refletidos em uma conversa corriqueira, numa risada aparvalhada ou no desabafo honesto de um aspecto pessoal, seja ele algo comum ou um segredo importante.
Tudo isso são derivados de fases que se passam ciclos de acontecimentos inerentes aos nossos caprichos ou devaneios incessantes, vão além do que chamam de mundo das sombras, das ideias ou o além-plano: são vivos, verdadeiros tal qual é a realidade que estamos inseridos. Logo, o importante é aproveitar da forma mais sublime e duradoura, a presença destes seres conosco, pois como na maioria das coisas desta nossa existência, não sabemos quanto irá durar a presença destes ao nosso redor.

“Viver é estar sempre abrindo caixas de pandora cada vez que se acorda, libertamos nossos temores ao mesmo tempo em que a esperança”.

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