Ensaios

Crônicas de George

Poesia

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Persistência do antigo medo

Dilemas são questões de existência desde os primórdios. A origem do universo foi causado aprovavelmente por um dilema, seja ele de um ser criador de tudo ou de algum átomo que estava angustiado para expandir-se ao infinito e acabou explodindo de tanta aflição. Em certa medida, assim como boa parte do gado humano existente como grupo descrito como humanidade, George parece não estar vivendo o momento presente como gostaria, afinal das contas (principalmente do cartão de crédito e do plano internet-TV-telefone que paga os olhos da cara para ter um serviço de qualidade no mesmo nível do que central de atendimento das mesmas operadoras) estava apenas na frustrante vivencia por sobreviver.

- Meu viver se resume nestas questões de somente ficar nessa de produzir,reproduzir e difundir os infortúnios cotidianos. Sensação de solidão e indiferença em relação ao que me rodeia é semelhante ao que sente um bom livro dentro da casa do Big Brother.

Convencido destes tristes fatos de realidade sombria, ele que tanto busca no fundo do amago de seu ser uma almejada tranquilidade para seu espirito livre , pesado e preso como intestino na falta de Activia, o tormento da vez era a sensação de estar tendo suas liberdades restringidas sorrateiramente. Não só a sua, a bem da verdade parece que grandes grupelhos de choque anti-comportamento se organizam e saem por ai nas mais formas de rede-sociais existentes, agindo feito vespas raivosas destilando preconceitos e opiniões tão progressistas quanto o trabalho escravo nas fábricas da Apple na China.

- Gente compartilhando videos de Socialite com diploma de jornalista comprado via Google aplaudindo justiceiro, Deputado comemorando ditadura como se fosse revolução gloriosa, exército subindo o morro com o intuito de "pacificação". Começo a pensar que as estruturas do AI-5 da "ditabroxa" se mantém tão presentes no cotidiano quanto a voz do Brasil as 19:00H no rádio.

Assim como naqueles dias, onde o condor negro fazia seus voos de rapinagem das vontades e sentires dos humanoides acossados pela vigia predadora da ave agourenta, era o medo de ser coagido a sensação predominante que suscita e denota os idos do caminhar de bem estar terminal do sistema nervoso ansioso do pobre George. Ao ponto de ter um surto de Pânico ao saber que sua melhor amiga sofrera tentativa de abuso sexual no metro, tendo a sorte de conseguir ter escapado de destino ingrato graças a sua agilidade como atleta de ginastica olímpica em meio a multidão do vagão e uma porta de fechamento automático agindo como maquina de castração do meliante.

- Abrir os estoques de armas do exército e distribuir as mulheres para legitima defesa seria uma boa politica publica de segurança nacional, pois parece o único jeito delas poderem sair de casa com chance de conseguir voltar para a mesma.

Mas George sabe que estas coisas são passageiras, pois tudo a que serve estas indigestas e negras situações explanadas, é com o intuito de ocultar um grande plano de maior magnitude para manter as coisas do jeito que está. Enquanto porcos e ratos lutam entre si pelos restos das ossadas, os lobos fazem um banquete com carne fresca extraída dos sonhos do daqueles que querem somente viver.

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