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Poesia

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Estando por fazer favor de ler

“Um cumprimento a todos que estão por ler este texto. Farei aqui nada mais do que denotar minhas impressões do conturbado pensamento pessoal sobre determinada vertente do ser. Nestas manias declaradas aos quais possuo e se assentam como características marcantes da minha personalidade nada comum, pois pertenço a esta raça peculiar dos excessivos pensantes ansiosos, acostumados a infligir às dores de parto dentro da própria existência fritando as caraminholas do cérebro a ter idéias nada conclusivas ou benéficas.

 Não são totais imbecilidades os pensamentos que vêem a minha mente, embora confesse de maioria esmagadora a probabilidade de se fazer bom uso destas é tarefa árdua e ingrata. É de difícil trato desmembrar minhas idéias nada claras, não quero nem faço questão de ser direto nas respostas, pois tenho comigo que nada é de absoluta certeza concreta, e mudanças são constantes universais girando as ordenanças de tempo e espaço. Não é questão de espírito, alma, corpo do homem os aborrecimentos gerados por peso do pesar do pensar, é apenas questão do trato as atenções centrais do conteúdo que deriva das idéias, seja quais forem.

 Entra em jogo se tenho um real conteúdo para embasar os sentidos que possa ter os ideais inseridos nas palavras e emoções que carrego. Não sei se dom da palavra possuo ao ponto de fazer meus semelhantes entrarem em devaneios e se absorvem na distração de um mundo diferente ao qual lhes apresento através do meu pensamento escrito em que caros viventes leiam e sintam-se confortados no entendimento do que lhes foi passado. Fazer jogo de palavras é algo difícil e complicada maneira de se fazer entender e deixar entendido tudo que se passa a cabeça, embora quando tratamos pelas palavras das chagas dos amores e de emoções, sejam alegres, doces, destrutivas, coléricas e de outras vertentes animalescas, a compreensão é quase visceral.

 Não quero cometer a hipocrisia de não assumir certa culpa quando não estou sendo entendido da maneira que quero pela falta de tato ou consciência dos outros. Afinal das contas nem eu mesmo compreendo o meu sentir, tão instável e sem forma definida me levando a crer certas vezes que idéias geradas dentro da minha caixa craniana são alucinações de uma mente doente. Isso reflete sobre meus amores e suas vertentes expansivas, eis agora que tento desvendar se estes são meros sonhos desatinados afundados na saudade das lembranças, ou realidade da memória amargada nas melancolias passadas.”

 Panfleto de louco Morador de rua qualquer, destes encontrados nas esquinas sujas de grande cidade opulenta do moderno mundo na sociedade contemporânea ausente a dar atenção aos mesmos.

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